segunda-feira, janeiro 19, 2015

ESPECIAL: THE OSCARS 2015 || "The Theory of Everything"

Já é de conhecimento público os nomeados para a octagésima sétima gala dos Óscares e, como já é tradição minha, dei ontem início à visualização dos filmes que estão nomeados para a categoria de Best Picture. Já vi o filme "Boyhood" e o "Gone Girl" há uns dias atrás, mas preferi começar pelo filme que vi esta noite, "The Theory of Everything".

Nomeado para 5 Óscares, a história de vida do conhecido Stephen Hawking foi a grande inspiração para este filme biográfico, que se tem como início a procura e inspiração de um jovem universitário para a sua tese de Doutoramento na universidade de Cambridge. Aluna da mesma universidade, apesar de estudante de um curso paralelo a Stephen, Jane vive uma intensa história de amor e companheirismo com o físico. Para além desta história de amor, há também o balanço entre o "conflito" da criação do universo, ou seja, a física e a crença em Deus, na qual Stephen não acreditava, ao contrário da sua namorada e futura esposa, Jane. Aos 21 anos, é diagnosticada uma doença a Stephen, chamada Doença do Neurónio Motor, a qual o afectará para o resto da vida. O físico começa a perder as capacidades motoras, tendo-lhe sido dado apenas dois anos de vida, ou seja, morreria aos 23 anos de idade. 

"The Theory of Everything" é um filme que mostra como a vida do físico e escritor mudou radicalmente, tendo também mudado a de Jane e dos três filhos do casal. Transporta-nos para os obstáculos diários que o casal viveu, todas as inseguranças e contínuas adaptações às quais se tiveram que remeter dia após dia. Mostra-nos a força de Jane e a humanidade de Stephen, que, apesar da sua doença, não se deixou levar totalmente pela mesma e conseguiu alcançar parâmetros fenomenais no mundo da ciência, com todas as suas teorias sobre o universo, estrelas, buracos negros e o tempo. 

Um filme que soberbo, que nos levou para o dia-a-dia de uma família com obstáculos que parecem ser impossíveis de ultrapassar, que nos faz valorizar a vida, os momentos que temos; que nos faz aprender que uma relação não é só amor, trata-se também de companheirismo, lealdade, força e humanidade. Trata-se de arranjar soluções para os obstáculos que aparecem à frente e ao qual fizeram frente com todas as forças que se tinha. Faz-nos ver o peso que tem o amor na amizade, não deixando para trás quem realmente gostamos, dando provas do que realmente é a amizade, principalmente numa situação tão peculiar como a que Stephen passou e continua a passar. Faz-nos ver a luz quando parece que estamos no fundo do túnel, e essa luz é a força, a resiliência, a capacidade de não desistir, e a busca pelo sucesso. 

Esta biografia abordou-me de uma forma que, pessoalmente, não esperava e captou toda a minha atenção do início ao fim do filme. Tocou nas minhas emoções de uma maneira tão intensa que as minhas lágrimas foram inevitáveis. Não me ficou indiferente de maneira alguma. Foi quase como se pudesse sentir o amor, a felicidade, a dor, o desespero, a força, o sucesso, a lealdade e companheirismo dos actores enquanto representavam estes papéis. No meu ponto de vista, Eddie Redmayne viveu Stephen Hawkins, tal como Felicity Jones viveu Jane. 

"A mente dele mudou o nosso mundo. O amor dela mudou o mundo dele". 

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